29 de abril de 2012

AVANT GARDE LEOPARD STYLE
































CASSIE LOVE

CASSIE

28 de abril de 2012

ALFAIATE AYRES GONÇALVES"DANDY MEN"



Como o bom exemplo deve vir de cima, nada como olhar para Norte e considerar o caso de Ayres Gonçalo, jovem alfaiate portuense de currículo notório e notado. Nesta ou noutra estação o dito não deixa - ao que tudo indica literalmente - créditos por mãos alheias, fazendo de si escaparate à medida.Não tenho quota, por isso digo: se fosse cavalheiro endinheirado em busca de fato como-deve-ser já saberia a que porta bater. 

Como nasce e se faz um bom alfaiate?
Daqueles que reportam o nosso imaginário para o giz, os fatos pendurados nos manequins, todos alinhavados e com bainhas ainda por fazer, onde o processo passa todo pelas mãos de um elevado artesão que transforma este processo em algo extraordinário…
Ayres Gonçalo nasceu assim, fez-se assim, um alfaiate de renome, reconhecido, sábio e exemplar profissional que ama o que faz, que o demonstra em cada peça que elabora.






ENG
Ayres Gonçalo was born and raised in a traditional tailor’s family and soon showed interest in this art. His grandfather, Ayres Carneiro da Silva owner of the Ayres Alta Costura business, was considered one of the best Portuguese tailors; His career spanned seventy illustrious years where he tailored suits and other articles to a distinguished clientele, including artists, sports people, members of Parliament and bankers.
Throughout his youth Ayres demonstrated an increasing interest for fabrics, needles and scissors. At the age of sixteen he had already fallen in love with the art of tailoring and was fortunate to be afforded the opportunity to work after school hours in Grandfather’s shop. He soon became heavily involved in the business by accompanying his Grandfather on client visits giving him his first real exposure to fabrics and fitting. By the time he was nineteen tailoring took up most of his day as this became a full time occupation working under the guidance of his mentor.
In 2004, Ayres made the decision that in order to broaden his skill set he was to embark on an international adventure to Madrid. It was there at the Sociedad de Sastres de España (Madrid), that Ayres was given the opportunity to improve his knowledge and tailoring techniques. Whilst maintaining a full time job with a well known Spanish tailor ( Pedro Muñoz of N. 72 on Calle Serrano) the Sociedade de Sastres de España awarded Ayres the Cortador de Sasteria certificate in June 2005.
Mid 2006 Ayres was to continue his international venture when he opted to relocate to London with a view of fulfilling a childhood dream of working on the ‘Golden Mile of Tailoring’. This street more commonly known as Savile Row is home to the most well known names in the world of traditional bespoke tailoring. After overcoming the initial nervousness of finding a role in this new country, Ayres was offered a position with the renowned Gieves & Hawkes located in No. 1 Savile Row. Here he was given the opportunity to make suits and other articles from scratch whilst learning the high standards required to obtain a ‘Savile Row’ designation. The highlight of his career whilst working for Gieves & Hawkes was undoubtedly when Ayres was requested to make a suit specifically for HRH The Prince of Wales
In 2009 whilst still working at Gieves & Hawkes, Ayres was a finalist in Golden Shears Contest, a contest designed to acknowledge young up and coming tailors working in the United Kingdom. In 2010 he received the Bespoke Tailor certificate from the Savile Row Bespoke Association, a seal of approval providing him with worldwide recognition as a tailor who is part of an elite group of bespoke tailors on what can be best considered the Mecca for men seeking the very best of tailoring - Savile Row.
It was late 2010 when Ayres decided to gain further international experience out of the EU region. His first stop was New York City, where he worked with a renowned, up and coming tailor - Michael Andrews Bespoke. This six month partnership allowed him to reinforce his experience through contact with the New Yorkers tailor craftsmanship which then led him to China, where he worked for several months training tailors in Shenzhen and Hong Kong.
With well over a decade of experience, Ayres Gonçalo understands that this is an opportunity to continue with the Ayres family tradition and establish the Ayres Bespoke Tailor brand. Currently based in Portugal operating between Lisbon and London Ayres will dedicate his time exclusively to his Portuguese and international clients, who have been following him over these past years whilst he has sought to learn, adapt and mature as a tailor. Ayres will utilize this wealth of international experience to continue to provide his exclusive tailoring services to his prized clientele.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
PT
Ayres Gonçalo cresceu no seio de uma família tradicional de alfaiates e cedo demonstrou interesse por esse ofício. O seu avô, de nome Ayres Carneiro da Silva, dono do estabelecimento Ayres Alta Costura, foi considerado um dos melhores alfaiates portugueses; ao longo de uma carreira de mais de setenta anos. Produziu fatos e outros artigos para uma distinta carteira de clientes, incluindo artistas, desportistas, parlamentares e banqueiros.
Ao longo da sua juventude, Ayres demonstra um interesse crescente por tecidos, agulhas e tesouras, e aos 16 anos, já apaixonado pela alfaiataria, decide começar a trabalhar em part-time no atelier do avô, acompanhando-o nas visitas aos clientes e assim adquirindo experiência com tecidos e provas. Aos 19 anos, a alfaiataria passou a ser a sua ocupação a tempo inteiro, sempre sob a alçada do avô.
Em 2004, então com 23 anos, decide estudar corte na Sociedad de Sastres de España, em Madrid, para melhorar os seus conhecimentos e técnicas. De noite frequentava as aulas do curso, enquanto de dia trabalhava com o prestigiado alfaiate Pedro Muñoz, no número 72 da Calle Serrano. Em Junho de 2005, é-lhe atribuído o certificado de Cortador de Sastreria pela Sociedad de Sastres de España.
Em 2006, decide rumar a Londres para concretizar o sonho de trabalhar em Savile Row – a famosa rua londrina onde exercem os mais prestigiados alfaiates do Mundo. As hesitações iniciais tornam-se certezas quando, ao fim de quinze dias, assegura uma colocação na prestigiada Gieves & Hawkes, localizada no n.º 1 da mesma rua. Aí tem a oportunidade de elaborar fatos e outros artigos de acordo com os mais elevados padrões de técnica vigentes em Savile Row. A confecção de um fato para o Príncipe Carlos terá sido, seguramente, um dos momentos mais especiais da sua carreira.
Em 2009, ainda a trabalhar na Gieves and Hawkes, é finalista do Golden Shears Contest, concurso destinado a reconhecer jovens alfaiates a exercer no Reino Unido. Já em 2010 recebe o certificado de Savile Row Bespoke Tailor pela Savile Row Bespoke Association. Esse título certifica-o definitivamente como alfaiate naquela rua londrina.
Ainda em 2010, decide ter uma experiência fora da Europa, rumando a Nova Iorque, onde tem a oportunidade de trabalhar com Michael Andrews Bespoke até Maio de 2011. Esta parceria permite-lhe reforçar a sua experiência, através do contacto com as práticas de alfaiataria nova iorquinas, tendo-o ainda conduzido à China, onde trabalhou durante alguns meses, dando formação a alfaiates em Hong Kong.
Ayres Gonçalo entende que chegou o momento de dar continuidade à sua tradição familiar e fundar a marca Ayres Bespoke Tailor. Encontra-se presentemente em Portugal, onde, dividindo o seu tempo entre Lisboa e Londres, se dedicará em exclusivo aos clientes portugueses e internacionais que o têm seguido ao longo destes anos de aprendizagem, pesquisa e maturação dos atributos que fazem dele o alfaiate que é hoje.




O "ANÓNIMO INFELIZ"




- O anónimo infeliz é uma espécie que se desenvolveu nos primórdios das "redes sociais". Tem uma enorme capacidade reprodutiva mas, felizmente, um tempo de vida limitado (ainda assim, há conhecimento de uns casos mais duradouros do que outros);

- O anónimo infeliz não tem vida própria. Alimenta-se da vida dos outros e isso parece chegar-lhe;

- O anónimo infeliz é masoquista. Todos os dias, várias vezes por dia, lê e comenta "redes sociais" que diz serem uma merda. Diz que o faz por ter o direito de ler o que bem lhe apetecer. O anónimo infeliz é, obviamente, burro e não sabe dar uso à liberdade que tem. Mesmo quando se enfada e diz que não volta mais, bastam cinco minutos para reincidir no crime. E assim continua, muitas vezes durante meses;

- O anónimo infeliz liga o computador e diz "ora deixa lá ver com o que é que eu me vou enervar hoje";

- O anónimo infeliz é um ser preocupado e altruísta. Preocupa-se com o dinheiro que os outros gastam (revela uma curiosidade obsessiva com o valor dos salários alheios), com as viagens que os outros fazem, com os sapatos que os outros compram, com o sucesso que os outros têm, com os filmes que os outros vêem, com a casa onde os outros moram, com o carro que os outros conduzem, com os quilos que os outros têm, com tudo e mais alguma coisa. Infelizmente, só não se preocupa com a sua vidinha;

- O anónimo infeliz tem problemas de interpretação, possivelmente fruto de conhecimentos insuficientes na área da língua portuguesa. É raro perceber o que está escrito e arranja sempre maneira de distorcer tudo de um jeito que lhe é bastante conveniente;

O anónimo infeliz nasceu para ser do contra. Mesmo que leia uma coisa básica como "o céu é azul", vai sempre arranjar 350 teorias para provar que não é assim e que lá no sítio onde ele habita o céu é cor de burro quando foge;

- O anónimo infeliz diz não perder tempo em "redes sociais" que não gosta, mas facilmente consegue estabelecer relações entre posts e argumentar com um "mas como é que agora dizes isso se a 23 de Janeiro de 2011 disseste o contrário?". O anónimo infeliz conhece-nos melhor do que a nossa própria mãe;

- O anónimo infeliz é raivoso e pode até morder (se para isso houvesse oportunidade). É incapaz de manifestar desacordo de modo cordial e civilizado (normal, vá), tendo sempre de recorrer ao insulto para fazer valer a sua opinião (geralmente, com um "tu deves ser mas é estúpida/atrasada mental/idiota". Às vezes anima-se e sai-se com um "és um palhaço/...

O anónimo infeliz esfrega as mãozinhas de alegria de cada vez que se prepara para deixar mais um comentário descerebrado, como quem diz "com este é que eu te vou tramar". E mesmo 
sabendo que tem como destino o lixo virtual, gosta sempre de dizer "eu sei que não vais publicar, mas ao menos ficas a saber o que eu acho de ti" (a frase pode ou não acabar com um "seu palhaço"). Como se tivesse alguma espécie de interesse.


O anónimo infeliz é cobarde e poucochinho e, por isso, mesmo, nada há a temer. Vive do outro lado do ecrã e acredita piamente que está completamente protegido e impune no seu anonimato. Até ao dia.

O anónimo infeliz tem uma capacidade criativa bastante alargada e consegue inventar teorias da conspiração altamente rebuscadas (e que só fazem sentido na sua cabecita). O anónimo infeliz deita-se e acorda a pensar nisso, troca mails sobre o assunto com outros anónimos infelizes, debate o tema em "redes sociais como as minhas" de ódio, o que não deixa de ser reconfortante e fofinho;


Conclusão, o grande problema do anónimo não é ser anónimo. É só ser parvo e pobre de espírito. E contra isso não há nada a fazer.GAZZZZZZZZZZZ






(NUNO GAMA) RANGE THE FATHER OF FASHION